segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

novos velhos tempos

Me precipito ao precipício
as novas rotas
aos novos ares
poluídos e viciantes.
Eu me encontro
me destruo em ti
te destruo em mim.
Carrego o fardo
de saber quem é você
por trás de sarcasmo
por trás de palavras.
Risque as palavras
mais nada precisa ser dito.
Deixe que o espontâneo tome conta
de sorrisos
os meus forjados
os seus escondidos
Se ao menos eu fosse outra
E se eu fosse eu?
Com defeitos, sem medo
fumando, bebendo
desistindo
insistindo
caminhando para novos tempos
com medo
e sozinha
arriscando.
É melhor dormir,
abraçar o escuro
e esperar até que você venha
e apague o cigarro da minha mão.
Pode doer,
ao arrancar os cacos
pés sangrando
andando
cansando
arrependendo
por ter colhido as flores erradas.
Cuida de mim
das minhas escolhas
dos meus erros.
Espero palavras agora
agora sim
mas o silêncio sendo dito
palavras já riscadas
páginas rasgadas
nada resolvido
Tudo muda mas permanece igual
então nada muda?
eu mudei e você não viu,
só você não viu.


- Jady Caffaro

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom, desculpa por não fazer um comentário elaborado não consigo pensar nas palavras que descrevam o seu poema como ele deveria ser descrevido.
te amo
b

Anônimo disse...

descrevido? hmmmm..

-Liesel Meminger disse...

hahaha ela é babyy (:

Anônimo disse...

sensacional!